sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Inventar a roda foi bom, genial mesmo foi juntar quatro delas.

Não consigo explicar exatamente o motivo de eu gostar tanto de carros... Só sei que gosto.
Dirigir sem rumo certo é uma daquelas coisas desestressantes, massagem psicológica. Durante meus períodos de inquietação, o que geralmente me ajuda é dirigir. Carros são uma espécie de câmara de isolamento, uma extensão da própria casa. Estando dentro de seu cubículo particular, você não precisa se socializar com ninguém.
E, pra ninguém pensar que eu não sou fútil, devo acrescentar que não serve possuir um cubículo de isolamento qualquer...
Talvez gostar de carros seja algo como gostar de homens: os melhores são aqueles não ajeitadinhos, menos modernos, muito potentes, com pintura imperfeita e um porta-malas grande o suficiente para caber um cadáver (um carro ou um homem que combine com uma música do Queens of the Stone Age, também sempre será interessante).
Infelizmente, os carros, assim como os homens modernos, são decepcionantes. (Não, eu não vou discutir os homens... Hoje.)
Não há mais carros grandes! "Ah, tem o Civic", você me dirá. Pra mim, Civic é carro de Vô. Daqueles Vôzinhos bem chatos que não passam em uma poça d'água com o carro sem correr pro lava rápido no minuto seguinte. Tudo muito anal.
E os carros pequenos não têm a menor graça... Diversão de caminhoneiro é assustar Corsinha e Ka na estrada. (Até porque o motorista do Corsinha/Ka não enxerga nada, afogado nas malas que não couberam no porta-malas.)
Outra coisa é o motor... Carro 1.0? Ah, por favor, eu já tive liquidificadores mais potentes. Se for pra correr só na descida, mais fácil comprar uma bicicleta. Quanto ao turbo: bem, isso o meu liquidificador também tem.
Fico aqui, pensando: como escolher o meu próximo cubículo??? Nhaaa...
Vou ali no carro pensar e já volto.

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