domingo, 23 de setembro de 2007

E eu não consigo comentar aqui

Não sei porque. Qualquer dia vamos todos nos mudar para a wordpress, mas enquanto isso não acontece vou fazendo o que é possível neste blogger mal-humorado. Sim, Claus. Mandarei o link do youtube, quando achar o caco de papel onde anotei minha senha. Neste fim de semana não saí e acho que fica difícil arrumar namorada(ou ficante ou qualquer merda) assim. O que não significa que seria necessariamente diferente saindo de casa. Então aproveitei pra ver o Diabo Veste Prada, de cujos atores eu gostei muito. Ontem eu até estava bem humorado, e cheguei a cantar em voz alta "Oh Happy Day" em sala, enquanto meus aluninhos me achavam o mais cruel dos professores, pois era dia de prova. Tolos. Gosto deles. As notas foram boas. Quando eu não gosto da pessoa eu mordo sem latir.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Tragédias da vida em sociedade

Ontem me aconteceu algo bizarro. Algo... traumático. Não, ninguém morreu e eu não perdi uma perna, mas nesse momento eu não preciso de uma perspectiva realista sobre o ocorrido. Eu vou reclamar e reclamar como uma criança patética, mimada e maníaco-depressiva e vocês vão ler e gostar e concordar comigo. Só que em outro post.

Esse post eu quero dedicar a uma pequena análise pós-trauma que eu tava fazendo hoje de manhã, enquanto tomava o meu baldinho de café e assistia tv: talvez eu seja uma pessoa maldosa.

Outra pessoa teria pensado "nossa, que chato" e ficado quieta. Eu chamei um terceiro - que conhece a pessoa azeda que causou o trauma - e reclamei para ele. Uma quarta, que é amiga da pessoa azeda, esticou seu orelhão e ouviu parte da conversa, como ela mesma confessou.

Depois, conversando com o terceiro, ainda fiz questão de ficar fazendo comentários genéricos de repugnância enquanto a quarta e até um quinto ouviam - na frente da pessoa azeda. Não vou subestimar sua limitada capacidade (hihihihihi), ela percebeu que era o objeto da comoção. Provavelmente se sentiu mal, um tanto envergonhada e provavelmente revolveu freneticamente seu pequeno cérebro em busca de algo que tenha feito errado. Tudo isso enquanto fazia cara de bosta pra mim e conversava com o quinto, fingindo que nada estava acontecendo.

Eu questiono se sou maldosa porque... Não me sinto mal por isso! E eu conheço a pessoa azeda, simpatizava com ela e sei que teria sido muito mais sensato ignorar o ocorrido ou comentar longe dela, com alguém que não a conheça. Aliás, eu fiz isso, mas só depois de fazer todo o discurso perto dela.

Maldade ou não, eu fiz.

Enfim, eu preciso terminar esse post por aqui porque tenho uma merda de contestação trabalhista pra escrever. Mais tarde eu posto sobre o trauma, de uma forma mais respeitável. Considerando que eu ainda estou revoltada, o texto teria um palavreado de fazer caminhoneiro corar - e nós não queremos isso.

*Não, nós não queremos isso, Murilo. Pare de pensar em insistir!*

domingo, 16 de setembro de 2007

Jobi

O Jobi é legal. Quer dizer, o Jobi é uma merda, mas quando se conhece alguém conhecido da casa, aí pode ficar legal. Trouxeram uns tonéis de cerveja pra fora, botaram um tampo de madeira em cima e pronto, ficamos sentados no capô do carro de alguém, próximo do bar, com uma mesinha improvisada e com os garçons vindo atender a gente. Se eu não estivesse com uma insider eu jamais conseguiria entrar naquela merda de bar lotado nem ser atendido, mas indo com algum insider, conhecido dos garçons, é bem legal. Mesmo que não tenha lugar eles atendem a gente do lado de fora.

o som: não tem som naquela porra, né gente?

o lugar: é lotado demais pra ser legal, mas é legal ficar com os amigos do lado de fora.

a comida: é boa.

o público: é mais arrumado do que o pessoal que frequenta a Eletronóide. Havia muitas mulheres bonitas e várias mais ou menos. Não vi nenhuma feia.

potencial azaratório: Não sei direito. Várias mulheres olharam pra mim enquanto eu estava lá na porta esperando minha amiga, mas duvido que elas realmente quisessem que eu me intrometesse na mesa delas. Ou talvez quisessem, mas se eu fosse lá sentar no meio de uma mesa falando algo do tipo "oi, sou o Felipe e vi que vc tava me olhando. Também gostei de vc" elas certamente agiriam como se não tivesse sido o caso. Mulheres são loucas.

Depois que chegou a minha amiga eu fiquei conversando com ela e não sei se as outras mulheres ficaram olhando porque eu tinha mais o que fazer. Provavelmente olharam sim porque ela é gostosa pra caralho, devo dizer. Obviamente é casada.

Depois chegaram mais pessoas e eu tentei sem sucesso me aproximar de uma loirinha gostosa que estava conosco. Até peguei o telefone dela porque ela queria que eu mandasse uma foto pra ela por SMS, mas quando perguntei se podia aproveitar pra chamá-la para sair ela disse que sim, "desde que seja pra sair com todo mundo". Certo. Quem mandou perguntar!

Em suma, gostei do pessoal -- que eu não conhecia -- e foi divertido. Tenho uns vídeos que mostram do que uma mulher bebada é capaz. Vão para o Youtube. Também descobri que homem fala qualquer merda pra comer uma mulher. Estavamos tentando convencer uma amiga a não voltar dirigindo porque ela estava completamente bebada, como os tais vídeos demonstram. O cara que estava com ela disse que não tinha problema, que ela podia dirigir desde que fosse devagar, ao que eu retorqui que a opinião dele não valia, porque se ele a contrariasse perderia a foda. É, eu sei. Sou sincero demais.

sábado, 15 de setembro de 2007

Eletronóide

Vou fazer um roteiro cultural do Rio de Janeiro. Eu sei que ninguém pediu mas eu não tenho nada de mais produtivo a fazer no momento, portanto façam o que a ministra do turismo sexual mandou e relaxem e gozem. De preferência não na cara dela porque ninguém aqui achou o pau no lixo, certo?

Hoje eu fui na Eletronóide. A eletronóide é uma festa nova no CCBB, também conhecido como Centro Cultural Banco do Brasil. Custa dez real (sic) pra estudante e é uma merda.

O espaço: o espaço é péssimo para festas. Imagine o grande salão de um banco. Não há mesas, não há cadeiras, só caixas de som e um palco. Não há onde sentar, não há onde passar o tempo, não há como conversar.

O som: o som estava uma merda. Alto demais, tive que enfiar guardanapos nos ouvidos para permanecer no recinto. Que não foi projetado para shows, e portanto ecoava de todos os cantos, transformando um show cacôfono na Sinfonia de Satã. Eu falei da microfonia? Pois é, também tinha.

A programação: DJ Janot, também conhecido como "DJ de uma nota só" já que sempre toca as mesmas músicas, seguido de um show da dupla Fernanda Porto e Steve Jobs. O programa falava em show da Fernanda Porto, mas não avisava que ela só ela mesmo. Acompanhada de um Mac. O Mac tocava os samples de drum-and-bass e ela cantava por cima. Tinha uma percusionista acompanhando a Fernanda no show e no quarto. E eu não digo que a percusionista a acompanhasse ao quarto por motivos lésbicos não, deve ser por economia mesmo, já que obviamente a Fernanda veio sem banda pra ver se faturava uns trocadinhos a mais. Fui embora logo depois que ela cantou metade daquela música com versos em latim "ianue clause sunt, aves volande non sunt". Na verade ela pareceu cantar tudo, mas o som sumia o tempo todo. Ela teve a coragem de cantar loser manos, que eu odeio mas que os cariocas adoram. Pelo menos eu já estava do lado de fora.

As pessoas: O tipo básico lá é a carioca que se arruma para parecer desarrumada. Muita mulher mais ou menos, algumas bonitas, algumas feias, mas não vi nada especial não - exceto talvez uma moça que estava trabalhando na produção. A quantidade de mulheres e homens me pareceu balanceada. Provavelmente um pouco mais de mulheres do que homens. Vi duas coroas com cara de estarem por lá sozinhas também, mas achei passadas demais pra querer alguma coisa. Nenhuma mulher com cara de que valesse a pena olhou pra minha cara, e eu não consegui curtir o show com aquela merda de som.

sugestão: Não recomendado.

After: assistir a filmagem do 174 na Candelária, e encher o saco de uma amiga gostosa (que nunca vai me dar mesmo) que trabalha na produção do filme. Parece que as filmagens acabam essa semana e depois começa a fase de edição do filme.

Semana que vem eu escolho outro lugar pra ir no sábado e coloco o meu relatório aqui.

Rio Gay

Hoje aconteceu uma coisa muito estranha. Tenho certeza de que todas as pessoas que pegaram o 455 entre a Praça XV e Botafogo eram gays. 100% dos passageiros, sem exceção além da minha pessoa (se bem que depois dessa nem eu tenho mais certeza). Eu não ia falar gay não, eu ia falar outra coisa mas não quero chatear o Murilo!

Enfim, é estranho. O ônibus veio pegando casais, todos com aquelas camisetas típicas bem coladinhas no corpo sarado, geralmente um mais velho e um mais novo. Teve um que entrou sozinho na Glória e com aliança no dedo, mas pela pinta esse apronta escondido da mulher.

Não sei se é o horário, o trajeto, ou se há algum megaevento gay na cidade, mas qual a possibilidade de só entrarem gays ao longo de todo o trajeto noturno de um ônibus urbano? E mesmo assim aconteceu. Sempre que eu ouvia uma mulher dizer que faltava homem nessa cidade eu pensava que ela era puta e queria dizer que faltava homem com dinheiro, o que é conceitualmente diferente de apenas "homem", pois inclui restaurante, carro, motel, etc. Será que preciso rever meus conceitos?

sábado, 8 de setembro de 2007

Fase Um

Já começou. Eu (Pink) e a Carla (Cérebro) temos um plano pra eu pegar mulher, que se compartilhado com vocês servirá como experiência socio(?) zoo(?) lógica. Claro, à sua mente ocidental parece estranho que a minha "noiva" me ajude a pegar mulher, mas isso é cultural. No japão feudal as mulheres escolhiam e fechavam o preço das gueixas com quem seus maridos passavam férias de vez em quando. Tudo no maior interesse do lar. E depois, a Carlinha é meio amoral mesmo... :)


Em resposta...
Comentar esse post não seria o suficiente... Editar me pareceu mais adequado.
Explicando a origem do plano: O Sr. Felipe tem uma vida sexual um tanto infeliz; eu tenho a curiosidade de uma criança de 5 anos com fósforos e várias coisas inflamáveis nas mãos.

A idéia central é entender se o fato de o Felipe não comer ninguém é culpa do universo que conspira contra ele oooou... Se é culpa do próprio ser humano desprovido de sorte.
Vou, então, reformular sua personalidade (no incrível período de 2 dias, porque 7 seria superfaturar) e acompanharemos a evolução, ou não, da sua vida sexual.

Para esse nobre fim, vamos utilizar aquela ferramenta que publica as mentiras que você quer que as pessoas saibam sobre você: também conhecido como Orkut.

Talvez seja divertido.

Enfim sós... pero no mucho

Eu sempre quis casar com a Carlinha, ou pelo menos deixar ela bem à vontade. Ela nunca quis, mas pelo menos agora nós temos um cantinho virtual para tagarelarmos juntos! E por falar em carros, eu já contei pra vocês que tive um Opala?

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Inventar a roda foi bom, genial mesmo foi juntar quatro delas.

Não consigo explicar exatamente o motivo de eu gostar tanto de carros... Só sei que gosto.
Dirigir sem rumo certo é uma daquelas coisas desestressantes, massagem psicológica. Durante meus períodos de inquietação, o que geralmente me ajuda é dirigir. Carros são uma espécie de câmara de isolamento, uma extensão da própria casa. Estando dentro de seu cubículo particular, você não precisa se socializar com ninguém.
E, pra ninguém pensar que eu não sou fútil, devo acrescentar que não serve possuir um cubículo de isolamento qualquer...
Talvez gostar de carros seja algo como gostar de homens: os melhores são aqueles não ajeitadinhos, menos modernos, muito potentes, com pintura imperfeita e um porta-malas grande o suficiente para caber um cadáver (um carro ou um homem que combine com uma música do Queens of the Stone Age, também sempre será interessante).
Infelizmente, os carros, assim como os homens modernos, são decepcionantes. (Não, eu não vou discutir os homens... Hoje.)
Não há mais carros grandes! "Ah, tem o Civic", você me dirá. Pra mim, Civic é carro de Vô. Daqueles Vôzinhos bem chatos que não passam em uma poça d'água com o carro sem correr pro lava rápido no minuto seguinte. Tudo muito anal.
E os carros pequenos não têm a menor graça... Diversão de caminhoneiro é assustar Corsinha e Ka na estrada. (Até porque o motorista do Corsinha/Ka não enxerga nada, afogado nas malas que não couberam no porta-malas.)
Outra coisa é o motor... Carro 1.0? Ah, por favor, eu já tive liquidificadores mais potentes. Se for pra correr só na descida, mais fácil comprar uma bicicleta. Quanto ao turbo: bem, isso o meu liquidificador também tem.
Fico aqui, pensando: como escolher o meu próximo cubículo??? Nhaaa...
Vou ali no carro pensar e já volto.

Visitantes exóticos em lugares um poucos menos exóticos.

Depois de 5 anos trabalhando com turistas no litoral norte de São Paulo, decidi analisar mais detalhadamente essas criaturas tão... curiosas.
Em primeiro lugar, devo esclarcer que há duas espécies de turista: o caipira e o metropolitano. Não há o que temer: os dois tipos apresentam comportamentos bizarros, suficientes para alimentar esta pequena análise.

Comecemos pelos caipiras.


Turista caipira viaja no mínimo seis horas para chegar à praia, com uma penca de filhos e uma quantidade absolutamente desnecessária de malas e equipamentos que ele não usaria nem em um mês, muito menos em 5 dias.
Aqueles que não são muito conhecidos em sua cidade de origem são, geralmente, perfeitamente amigáveis e você passa até a gostar deles.
Há, entretanto, aquele tipinho sórdido, que é conhecido no vilarejo, quase venerado. Esse, quando viaja, espera que todos lhe tratem com aquela deferência usualmente reservada a figuras tão ilustres quanto o clínico geral de Pipoquinholândia. E, à noite, ele até usa terno para ir jantar na pizzaria, porque é isso que gente importante usa!

Já os metropolitanos...

O turista de cidades grandes vem para o litoral paulista procurando algo muito específico: ele procura São Paulo, com vista para o mar.
Ele viaja à noite, por duas ou três horinhas, passando reto por todos os restaurantes (abertos!) no caminho. Então, ele chega ao seu destino: aquele bairro mais afastado do centro, em uma cidade pequena, local ideal para descansar e sair daquela rotina que ele não pretende, em absoluto, quebrar.
E é nesse momento que nosso caro turista metropolitano vocaliza uma série trágica de comentários e perguntas deveras infelizes:

- "São duas da manhã... Não tem nenhum lugar aberto para comer por aqui, né?"
(O quê, aberto assim como aqueles quinze que você viu no caminho para cá e passou reto? Não, não tem, não).

- (No dia seguinte, na hora do almoço) Tem algum restaurante bom aqui por perto? Eu não queria pegar o carro pra ir naquele a 10km daqui... (Ah, aqui nesse bairro afastado do centro, que você escolheu para descansar não tem, não. E eu entendo perfeitamente... Dirigir por 5 minutos em uma estrada litorânea, com o risco de você conhecer um pouquinho dessa pequena cidade e talvez até realmente avistar uma praia, pra quem mora em São Paulo, seria uma dor insuportável).

- (Às 3 da manhã) Minha esposa está com azia... Não tem nenhuma farmácia aqui por perto? (Tem, claro, e você só precisa esperar mais 5 horas até que elas abram... Mas aí já será horário de ir para a praia e quem sabe, se a sua esposa se entupir novamente de pastel engordurado e meio estragado junto com cerveja quente com areia dentro, a azia dela não passa?)

- De que horas a que horas eu posso usar a piscina? (Bom, imaginei mesmo que depois de viajar três horas para uma cidade litorânea e estourar o limite do seu cartão de crédito para pagar hospedagem, você estaria ansioso para passar o dia inteiro em um buraco azulejado com água clorada... Das 9 às 9).

- Eu não queria pegar muito trânsito pra voltar... O que será que eu faço? (Considerando que você escolheu viajar no feriado, eu diria que você vai pegar muito trânsito para voltar... Faça xixi antes de sair e leve um baralho pra jogar no caminho. Mas se quiser mesmo aproveitar o feriado e não pegar trânsito, você pode ir embora segunda-feira e chegar em São Paulo no meio do seu expediente).

Eu sei, é claro, que nem todos são assim... O que, aliás, é a única coisa que me mantém nesse negócio. Ainda existe gente decente e com alguma noção. Não muita, mas existe. Talvez.