sábado, 15 de setembro de 2007

Eletronóide

Vou fazer um roteiro cultural do Rio de Janeiro. Eu sei que ninguém pediu mas eu não tenho nada de mais produtivo a fazer no momento, portanto façam o que a ministra do turismo sexual mandou e relaxem e gozem. De preferência não na cara dela porque ninguém aqui achou o pau no lixo, certo?

Hoje eu fui na Eletronóide. A eletronóide é uma festa nova no CCBB, também conhecido como Centro Cultural Banco do Brasil. Custa dez real (sic) pra estudante e é uma merda.

O espaço: o espaço é péssimo para festas. Imagine o grande salão de um banco. Não há mesas, não há cadeiras, só caixas de som e um palco. Não há onde sentar, não há onde passar o tempo, não há como conversar.

O som: o som estava uma merda. Alto demais, tive que enfiar guardanapos nos ouvidos para permanecer no recinto. Que não foi projetado para shows, e portanto ecoava de todos os cantos, transformando um show cacôfono na Sinfonia de Satã. Eu falei da microfonia? Pois é, também tinha.

A programação: DJ Janot, também conhecido como "DJ de uma nota só" já que sempre toca as mesmas músicas, seguido de um show da dupla Fernanda Porto e Steve Jobs. O programa falava em show da Fernanda Porto, mas não avisava que ela só ela mesmo. Acompanhada de um Mac. O Mac tocava os samples de drum-and-bass e ela cantava por cima. Tinha uma percusionista acompanhando a Fernanda no show e no quarto. E eu não digo que a percusionista a acompanhasse ao quarto por motivos lésbicos não, deve ser por economia mesmo, já que obviamente a Fernanda veio sem banda pra ver se faturava uns trocadinhos a mais. Fui embora logo depois que ela cantou metade daquela música com versos em latim "ianue clause sunt, aves volande non sunt". Na verade ela pareceu cantar tudo, mas o som sumia o tempo todo. Ela teve a coragem de cantar loser manos, que eu odeio mas que os cariocas adoram. Pelo menos eu já estava do lado de fora.

As pessoas: O tipo básico lá é a carioca que se arruma para parecer desarrumada. Muita mulher mais ou menos, algumas bonitas, algumas feias, mas não vi nada especial não - exceto talvez uma moça que estava trabalhando na produção. A quantidade de mulheres e homens me pareceu balanceada. Provavelmente um pouco mais de mulheres do que homens. Vi duas coroas com cara de estarem por lá sozinhas também, mas achei passadas demais pra querer alguma coisa. Nenhuma mulher com cara de que valesse a pena olhou pra minha cara, e eu não consegui curtir o show com aquela merda de som.

sugestão: Não recomendado.

After: assistir a filmagem do 174 na Candelária, e encher o saco de uma amiga gostosa (que nunca vai me dar mesmo) que trabalha na produção do filme. Parece que as filmagens acabam essa semana e depois começa a fase de edição do filme.

Semana que vem eu escolho outro lugar pra ir no sábado e coloco o meu relatório aqui.

Um comentário:

Carla disse...

Eu tenho que admirar a sua persistência no garimpo sexual.
Eu não teria agüentado 10 segundos nesse lugar, aliás, com Fernanda Porto na programação, eu teria feito um comentário extremamente ácido e rejeitado imediatamente a simples (e infeliz) idéia de ir a um lugar desses.